sábado, 31 de maio de 2008

PARA TODAS AS CRIANÇAS DO MUNDO, ESPECIALMENTE PARA AQUELAS QUE NÃO TÊM QUEM AS AME




Neste dia que todo o mundo festeja a "CRIANÇA", todos os meninos e meninas o vivam em paz e com muita alegria.
Desejo ainda que todos os adultos parem para pensar, se a sua intolerância, agressividade,falta de tempo, não saber brincar e às vezes nem sequer falar e muito menos ouvir, serão os condimentos necessários para projectar no futuro Homens e Mulheres, saudáveis, felizes e capazes de formarem uma sociedade consciente.

Para as MINHAS CRIANÇAS de todo o mundo, especialmente para aquelas que não têm quem lhes dê amor, deixo o meu miminho, num beijo muito carinhoso.



Para os Pais e Avós fica o recado de avó: Amem e respeitem as crinaças e deixem-nas voar com a estrela deste poema de Miguel Torga:

Foi um sonho que eu tive:
Era uma grande estrela de papel,
Um cordel
E um menino de bibe.

O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão;
E a estrela ia subindo, azul e amarela,
Presa pelo cordel à sua mão.

Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de papel.
E o menino, ao vê-la assim, sorriu
E cortou-lhe o cordel.

{Miguel Torga}
{Vila Real, 12 de Agosto de 1907 — Coimbra, 17 de Janeiro de 1995}

Muitas Felicidades

Licas

3 comentários:

Avó Pirueta disse...

Boa noite, Licas. Aqui na minha gaiola dourada não me apercebi muito de como é que o dia da Criança foi comemorado em Luanda. Na Clínica onde, de momento, vivo, ontem houve a festa na Pediatria mas tive muita pena que a tivessem antecipado para que o pessoal gozasse o Domingo em pleno. Tanto mais que, em Angola, como em Moçambique, os feriados que caem ao Domingo passam para Segunda-feira.
Passei um dia calmo, continuando a trabalhar para a apresentação de um Seminário sobre Humanização dos Cuidados e Procedimentos Clínicos, li um pouco, vi o mar (mas para isso basta olhar para fora da minha sala-varanda), falei com os Filhos e Netos pelo telefone e agora preparo-me para um jantar leve.
Faz hoje 3 anos tive um dia muito cheio, em Moçambique, numa comunidade que ajudei a criar para o reassentamento das vítimas das cheias de 2001. Fomos, as Irmãs da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição e eu, aos hotéis, pedimos frangos, carne de vaca, sumos e fizemos um lauto almoço para os nossos meninos. Muitos. Que trouxeram os irmãos pequenos com eles. Recordo esse dia como um dos que mais me marcaram. E não só pela Alegria. Também a Dor de saber que não podia repetir mais vezes aquela festa me doeu. Tal como a Vida: Alegria, Sofrimento, Fome, Abundância, Amor, Intolerância. É desta massa que nos vamos fazendo e, quando queremos, nos vamos depurando também. Licas, uma boa semana, e de vez em quando, se se lembrar, sem dizer nada a ninguém, festeje outro dia da Criança. Um abraço da Carmo, hoje em dia mais recolhido, mas com o tal coração de 17 anos...

APO (Bem-Trapilho) disse...

lindo!!! :)

Anónimo disse...

Tenho que lhe dar os parabéns por este texto: tenho 32 anos e um filho de 9 anos e sei que o amor que se tem por um filho é maior que a vida. E nele vejo um pouco de todas as crianças do mundo... penso, ao olhar para ele, que o mais triste é uma criança que sofre, seja de que forma for. As crianças deviam nascer impunes ao sofrimento, quer fisico, psicológico ou mental. Não falo daqueles castigos ligeiros que se dão quando se portam mal, cortar a televisão ou não os deixar jogar naquele dia em que se portaram mal na escola... isso também é educação. Mas falo de outro tipo de sofrimento, daquele que nunca devería chegar a uma criança. E um deles é sem dúvida a solidão, o não ter quem as ame, as protega e as defenda. Um beijo para todas elas e para si, pelo respeito e carinho que demontra por todos esses anjos. Obrigada.