terça-feira, 30 de dezembro de 2008

MENSAGEM DE ANO NIVO



Porque não estarei cá nos últimos momentos deste 2008, nem nos primeiros de 2009, deixo-vos a minha mensagem com base nesta Inscrição datada do ano de 1692. Foi encontrada numa sepultura, na velha igreja de S. Paulo de Baltimore.

Ela encerra muito daquilo que te pode, que nos pode fazer felizes.

Até ao Ano!
LICAS


Caminha placidamente entre o ruído e a pressa. Lembra-te de que a paz pode residir no silêncio.
Sem renunciares a ti mesmo, esforça-te por seres amigo de todos.
Diz a tua verdade quietamente, claramente.
Escuta os outros, ainda que sejam torpes e ignorantes; cada um deles tem também uma vida que contar.
Evita os ruidosos e os agressivos, porque eles denigrem o espírito.
Se te comparares com os outros, podes converter-te num homem vão e amargurado: sempre haverá perto de ti alguém melhor ou pior do que tu.
Alegra-te tanto com as tuas realizações como com os teus projectos.
Ama o teu trabalho, mesmo que ele seja humilde; pois é o tesouro da tua vida.
Sê prudente nos teus negócios, porque no mundo abundam pessoas sem escrúpulos.
Mas que esta convicção não te impeça de reconhecer a virtude; há muitas pessoas que lutam por ideais formosos e, em toda a parte, a vida está cheia de heroísmo.
Sê tu mesmo. Sobretudo, não pretendas dissimular as tuas inclinações. Não sejas cínico no amor, porque quando aparecem a aridez e o desencanto no rosto, isso converte-se em algo tão perene como a erva.
Aceita com serenidade o cortejo dos anos, e renuncia sem reservas aos dons da juventude.
Fortalece o teu espírito, para que não te destruam desgraças inesperadas.
Mas não inventes falsos infortúnios.
Muitas vezes o medo é resultado da fadiga e da solidão.
Sem esqueceres uma justa disciplina, sê benigno para ti mesmo. Não és mais do que uma criatura no universo, mas não és menos que as árvores ou as estrelas: tens direito a estar aqui.
Vive em paz com Deus, seja como for que O imagines; entre os teus trabalhos e aspirações, mantém-te em paz com a tua alma, apesar da ruidosa confusão da vida.
Apesar das suas falsidades, das suas lutas penosas e dos sonhos arruinados, a Terra continua a ser bela.
Sê cuidadoso.
LUTA POR SERES FELIZ!.

sábado, 27 de dezembro de 2008

AS MINHAS DECORAÇÕES DE NATAL

SIMPLES COMO EU, MAS EXECUTADAS COM AFECTO PARA TODOS OS QUE DELAS USUFRUIRAM PESSOALMENTE E AGORA PARA TODOS VÓS, AMIGOS VIRTUAIS, A QUEM SAÚDO COM AMIZADE.
UM ABRAÇO


LICAS

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL PARA OS QUE ME TÊM ACOMPANHADO NESTA CAMINHADA.




Nesta quadra de alegria e reflexão, agradeço ao Menino Jesus ter-te colocado no meu caminho.
Peço-LHE, que te deixe viver longos anos com Paz, Tranquilidade, Alegria, Saúde, Sucesso e que te revista de muita Força para que venças os dias mais sombrios.

Um Santo Natal!

LICAS

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

CONHECE OS SEM-ABRIGO?




Ultimamente e sobretudo nesta época natalícia, muito se fala dos Sem-Abrigo.
O que sabem desta faixa da população portuguesa que, devido à crise instalada no país e até no mundo, tem alargado muitíssimo?
Muita gente, mesmo entidades públicas, supõe que o Sem-Abrigo é um velhinho, pobre inculto, sem família, ABANDONADO.
Também é, mas não só.
Poder-se-á hoje concluir que a larga maioria se situa na faixa etária dos 35-40 anos, com predominância do sexo masculino, muitos deles com formação académica média, ou mesmo superior, com família, mas que, por própria culpa, ou dos que o rodeiam ou ainda da crise laboral, se vêm com todos os laços cortados.
Entram num desnorte, que os leva à desorientação, à perda de valores e finalmente à total exclusão social.
A auto-estima perde-se, o amor próprio também e ficam apenas entregues ao seu lado vegetativo e por vezes até irracional.
Se têm a sorte de serem encontrados, e terem quem lhes estenda a mão, os trate e acompanhe física e psicologicamente e lhes dê a possibilidade de viverem com uma certa dignidade e conseguem reerguer-se, ou então a degradação começa a ser cada vez maior e depois dificilmente se consegue inverter a situação.
Falo com experiência, porque acompanho há muito a Instituição mais antiga do país, que desde 1881 se dedica aos Sem-Abrigo, 365 dias por ano, oferecendo-lhes jantar, cama, artigos de higiene, roupa lavada e pequeno almoço. A partir de Janeiro os utentes que queiram incluir-se num programa de reinserção terão também o almoço e lanche e actividades durante todo o dia.
Para além disso, através da Equipa Técnica é-lhes disponibilizado apoio médico, psicológico e social, que procurando sempre que possível a reintegração não apenas a nível familiar, como no mercado do trabalho.
Não é fácil lidar com esta população, porque também não é fácil “apanhá-los” logo que assumem o estatuto de Sem-Abrigo, pelo que quando chegam já adquiriram vícios e formas de estar algo difíceis de mudar.
Eu e uma colega em conjunto com a Equipa Técnica, começámos a trabalhar com um grupo de 12 pessoas, no sentido de as tirar o maior tempo possível da rua e descobrirmos as suas capacidades e a vontade de evoluírem.
Foi criado um atelier, com o intuito de preparar o Natal.
Executaram-se trabalhos com papel e outros materiais reciclados, despertou-se o gosto pela leitura e escrita, valorizou-se a auto-estima, criou-se um grupo coral que actuará na festa de Natal e editou-se o 1º jornal, com artigos dos próprios utentes e de todas as pessoas da Instituição que desejassem colaborar.
Foi mês e meio de dedicação e de integração total.
Descobrimos valores escondidos, emoções e frustrações partilhadas, risos, choro, algumas desistências, mas chegámos ao dia de hoje – Festa de Natal – com 9 utentes que irão actuar no coro e na declamação de poemas.
Estão felizes e sobretudo muito valorizados.
Este atelier, que será alargado gradualmente, irá continuar, com alguma formação e o desenvolvimento de outras actividades.
Posso, para terminar, fazer uma pequena analogia. Passei a minha vida profissional a leccionar em escola com crianças mais ou menos complicadas e garanto que a forma de actuar para com os Sem –Abrigo faz uma ténue diferença, o que nos leva a concluir mais outra característica desta população – a infantilização com todas as características que lhe são inerentes: a distração, a mentira ocasional, a desculpa esfarrapada, a criatividade e a necessidade de uma estimulação constante.
Termino citando o nome da Instituição a que me referi, para que um dia tenham vontade de a conhecer, partilhar, nela trabalhando como voluntários.
ASSOCIAÇÃO DOS ALBERGUES NOCTURNOS DO PORTO
alberguesnoctporto.no.sapo.pt

Espero ter despertado algum interesse por esta problemática que poderão aprofundar no livro:
VIDAS À PARTE – PASSADO, PRESENTE E FUTURO
Poderão pedi-lo para:
albergues@sapo.pt

A Instituição e os Sem-Abrigo da Cidade do Porto agradecem.

sábado, 13 de dezembro de 2008

UMA VERDADEIRA HISTÓRIA DE NATAL

Era uma Noite de Natal fria e estrelada..
Num prédio arte nova, numa das antigas ruas do Porto, uma criança vivia cada minuto mágico, onde tudo e todos pareciam ter sido vestidos de luz e cor.
Era a azáfama costumada…
Um vaivém entre a cozinha e a sala.
Da mesa levantavam-se os pratos do bacalhau e as travessas com os pedaços que no dia seguinte se converteriam em farrapo velho.
Mas a mesa com a toalha de festa, parecia pedir para não ficar vazia e, como por encanto, de novo se encheu de rabanadas, aletria, sonhos, bolo rei e tantas outras iguarias das quais sobressaia o cheireinho a canela.

Mas a criança, saltava de um lado para o outro …
Não era bem disto que esperava.
Chegava-se junto dos Pais e perguntava:
- Ainda falta muito?
Ela esperava o Pai Natal velhinho que lhe iria provar se durante o ano se portou bem ou mal.
- Papá, eu portei-me bem, não portei?
- E a Mamã acha que sim?
- O Pai Natal tem força para trazer tudo, a todos os meninos?
- E eu vou vê-lo?
- Vá lá! Comam depressa que ele deve estar a chegar.

O Pai levantou-se, pegou na criança ao colo e abeirou-se da janela.
A rua estava deserta e silenciosa.
Nas outras casas luziam alguns pinheiros de Natal.
No céu escuro, aninhavam-se as estrelas, que pareciam brilhar mais do que nos outros dias.

- Vês aquela estrela ali? Perguntou o Pai
Sim, a menina via, não uma, mas muitas estrelinhas, que tremelicavam no céu.
- Qual Papá?
- Aquela ali maior e com mais luz.
Sim, a menina via aquela estrela e conseguiu no seu imaginário ampliá-la, para que lá coubesse o Pai Natal, as renas e os brinquedos, como o Pai lhe dizia.
Nunca mais despregou os olhitos daquela luz… E quanta luz dela emanava.
Bastou porém um ruído no interior da casa…
De imediato deixou de ver a estrela maior e acreditou que afinal o Pai Natal tinha chegado e descido pela chaminé.
A criança correu tão excitada quanto incrédula.
Viu os presentes no chão e com as lágrimas a correrem-lhe pela face, garantia ainda ter visto os pés do Pai Natal.

Ela não mentia!
Apenas acreditava no seu sonho.

Esta imagem perdurou no tempo…

Os anos passaram-se
Os cabelos embranqueceram
A vista cansada ainda reconhece a tal estrela grande e luminosa onde se escondia o velhinho das barbas e as renas envelhecidas, .mas a menina/mulher, agora só consegue fazê-lo através dos olhitos dos seus netos,
Para ela existem sim, talvez com mais brilho ainda, outras estrelas que todas as noites a iluminam e a quem dirige a última palavra do dia
Nessas estrelas moram aqueles que a amaram e que fizeram dos seus natais de criança, verdadeiras
noites de magia.

Boa Noite Mãe!
Boa Noite Pai!
Este é o nosso Natal.

domingo, 7 de dezembro de 2008

PRENDINHAS DE NATAL

O Natal está aí!
Nesta altura acariciamos os que nos são próximos de uma forma mais visível, deixando por vezes nas suas mãos algo de nós.
Comecei em Setembro a trabalhar para conseguir aconchegar simbolicamente aqueles que amo, não desperdiçando dinheiro, mas mostrando que eles estão sempre no meu coração.
Deixo-vos o que fiz. Nada de materialmente significativo, mas com toda a ternura.