terça-feira, 29 de dezembro de 2009











Ter asas é Dançar na chuva...

É plantar uma arvore...

Ver a inocência nos olhos de uma criança...

É ficar bem quietinho ao lado de quem se ama...

É subir uma montanha

Encontrar os amigos e não falar nada importante

Mas falar, falar muito...

É cantarolar uma música antiga ...

Arrumar as gavetas, e dar um monte de roupa a quem precisa...

É andar sem rumo, só por andar...

É falar sozinho...

É sorrir para aquele velhinho lá da praça...

E por todo aquele que por nós passa

É ficar sentado na cozinha

assistindo a mãe fazer um bolo...


Ter asas é raspar a panela dos formigos com os dedos

É brincar

É rir de si mesmo

É ter um lugar secreto bem lindo e fugir para lá de vez em quando

É tomar um banho na lagoa, nadar num rio

Ir para a praia, cobrir-se de areia e apanhar conquilhas

Ter asas é viver intensamente as coisas simples e belas
do dia a dia


Ter asas é ficar em silêncio e ouvir dentro da gente, o Deus Emanuel

É isto que desejo para o Ano Novo que está chegando...






Que tenhas asas como das águias!!!!

Para que possas voar bem alto na construção de um mundo melhor

Que a lua e as estrelas emprestem um pouco do seu brilho, para iluminar o novo ano

E que ao bater das doze badaladas a alegria paire no teu coração

e se perpetue pelos 365 novos dias que se aproximam.

Desejo-te o que para mim desejo

Paz, Saúde, Amor,


Que 2010 seja palco de muitos sucessos, pessoais, familiares e profissionais

Com uma enorme amizade, espero por ti no novo ano

Beijinhos
Licas

(Adaptação de um poema de autor desconhecido )

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

NOITE de NATAL



A todas vós, minhas Amigas, com quem partilho alguns momentos do meu dia, deixo o meu abraço com os votos sinceros de uma Santa Noite de Natal.
Que junto a vós a família encontre o verdadeiro e único significado - AMOR.
Na hora do Menino Jesus nascer lembrar-me-ei de vós e entregar-lhe-ei o nosso convívio e as nossas partilhas.
Bem-Hajam!
Licas

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

PRÉMIO ALEGRIA



Obrigada Quica por este prémio.
Realmente ele traduz bem o espírito com que escrevemos as nossas memórias.
Que para o ano tenhamos mais esta estrelinha a brilhar no nosso imaginário.
Feliz Natal
Bem-Hajas

Licas

domingo, 20 de dezembro de 2009

NOITE DE NATAL


Não costumo apelar às minhas convicções religiosas, porque penso que um blog é um espaço plural e multicultural, mas também entendo por outro lado que, ninguém pode ofender-se por eu valorizar AQUELE em quem acredito e que representa para todos nós, crentes e não crentes, a Família, A Sociedade e a Vida

Estes três valores não são por vezes esquecidos, tal como o Menino Jesus deste poema?

NATAL DE QUEM?

Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do perú, das rabanadas.

- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!

- Está bem, eu sei!

- E as garrafas de vinho?

- Já vão a caminho!

- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?

- Não sei, não sei...

Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:

- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?


Senta-se a família
À volta da mesa.



Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!


Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:


- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?



Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.

E Cristo Menino
A fazer beicinho:


- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?


O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:

- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?


Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!


Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:

- Foi este o Natal de Jesus?!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

CERTIFICADO DE PRESENÇA : MEMÓRIAS DE NATAL


Recebi da Quica - Pó de Estrela, este Certificado de Participação no Desafio : Memórias de Natal.

É com muita alegria que o coloco em destaque na minha página porque ele reflecte bem o nosso espírito de Natal e ainda que todas possuímos bem presente o nosso passado, que certamente se reflectirá num futuro feliz.
~
Obrigada Quica por nos teres proporcionado momentos tão queridos.

Obrigada concorrentes por nos mostrarem que o mundo não está tão vazio, como alguns nos querem fazer querer.


A todas um bom Natal!
Beijinhos
Licas

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

CARTÃO VERMELHO PARA ...




O desafio partiu da Teté, do blog "Quiproquó" e consiste em listar 10 coisas (ou comportamentos) que detestamos. Segue para quem o quiser agarrar, evidentemente, e os meus cartões vermelhos vão para:

MENTIRA - Leva a tudo ... é para mim a base de uma sociedade vazia e sem sentido

MEDIOCRIDADE MASCARADA DE "SUPER SUMO" - A mediocridade já por si é pouco aceitável, mas ... agora quando as pessoas não a reconhecem e se arvoram em "os maiores", não tendem a melhorar, muito pelo contrário procuram que os outros se nivelem por eles levando a uma sociedade cada vez menos evoluida e preparada. São motores da estagnação.É uma ausência de humildade.

CRÍTICA DESTRUTIVA - Não leva à correcção de uma atitude ou forma de pensar, mas acentua-a somando-lhe a revolta e a agrssividade de quem é criticado. É ainda uma falta de condescendêndia e amor para com os outros.

VAIDADE DESENFREADA - Vaidade todos nós temos e é aceitável e necessária na medida certa. Desde que ela não nos enclausure no nosso próprio ego e não nos permita ver e aceitar o outro.

FALSA MODÉSTIA - É para mim uma forma de vaidade desenfreada

DESRESPEITO PELO IDOSO - Não precisa de explicações ... Basta passar uma tarde ou algumas horas dentro de um lar, dentro de um autocarro ...
Há quem passe pelo idoso como se ele não existisse, ou como seja material a abater.

VIOLÊNCIA INFANTIL E DOMÉSTICA - Basta ler os jornais. Basta dar aulas e assistir ao desespero de uma criança mal amada.
Basta viver e querer ver e ouvir

XENOFOBIA - Falta de consideração e respeito pelo diferente, por aquele que tem outra génese ou outros ideais. Agressividade, Falta de Amor... Até vaidade desenfreada pelo seu próprio pensamento e atitudes, não permitindo ou facultando um lugar ao sol para os outros.


Para mim nem é preciso enumerar 10, porque estes são tão vastos que englobam muitos outros.


Deixo este desafio para todos os que ainda tiverem um tempinho nesta quadra natalícia.

sábado, 12 de dezembro de 2009

SE EU PUDESSE!

Amigo

ENCONTREI ESTE POEMA!

Não é meu, mas poderia sê-lo pois traduz o meu pensamento.
Vo-lo ofereço como intróito desta ÉPOCA FESTIVA.
PORQUE
Ele força-nos a pensar para além do corre-corre das compras, das iluminações, das músicas natalícias, dos apertos de mão e abraços efusivos.
Faz-nos descer à realidade e olhar para o lado ...


SE EU PUDESSE ...
Por um dia ser o bom velhinho
Mensageiro de Deus repartindo carinho
Com certeza
Exterminaria a pobreza
Caminharia por todas ruas,
Entraria nas vielas,
Levando alegria,
Secando lágrimas,
Matando a fome que mata,
Transformando míseros barracos
Em lares decentes
Num gesto de amor!
Levaria o sonhado presente

Entregaria a cada criança
Triste, sem esperança,
Rosto pálido,
Sonhos murchos
Como a flor que não vingou
No árido chão
No descaso do próprio torrão.
Construiria escolas decentes
Preencheria o vazio latente
De cada coração!
Estenderia a mão em amizade
Conferindo solidariedade,
Segurança num futuro melhor,
Uma auto-estima maior.
Ofereceria educação
E com uma varinha de condão
Extinguiria a violência,
Transformaria balas perdidas
Em rosas, miosótis, hortênsias…
Dando cor ao negro da dor!



As ruas seriam imensos jardins,
As casas iluminadas,
Cirandas nas calçadas
Amor aproximando os afins…

Em cada uma delas
Substituiria as vazias panelas
Por uma substancial ceia de natal
Pois afinal
Num mundo tão desigual
Todos têm os mesmos direitos…
Merecem o mesmo respeito…
Têm o direito de serem felizes
Sonhando em matizes!

Mas como não sou o bom velhinho
Não sou mágico, nem adivinho…
Peço ao mundo perdão
Por só alcançar com minha pequena mão
Aos que estão próximos a mim.



Desconheço o(a) autor(a), mas agradeço ter-me deixado exprimir desta forma tão real.
lICAS

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009



A Ematejoca Azul lançou-me o desafio de completar as 5 frases que se seguem:

Eu já tive...
Eu nunca...
Eu sei...
Eu quero...
Eu sonho
...
Mandam as regras indicar depois 5 blogues que dêem continuidade ao desafio.

Então aqui estou eu pronta para continuar em alegria estes Natais dos nossos blogs:

Eu já tive uma família completa, a ternura dessa mesma família e o direito a ser completamente feliz

Eu nuncapassei um Natal, mesmo quando pequena, que não soubesse o que era existirem pessoas a quem a vida marginalizou e que vivem sem conforto e sem um sorriso, ou um apero de mão.

Eu sei que não está nas minhas mãos mudar o mundo, mas que posso contribuir para o tornar mais verdadeiro, mais justo, mais solidário e mais humano.

Eu quero Deixar aos meus netos esta consciência da vida e que em todos os seus Natais eles se lembrem dos Avós como pessoas que não passaram por eles e pelo mundo em vão.

Eu sonho Com uma velhice que me deixe festejar o Natal com consciência e se possível a fazer as rabanadas, os formigos e as filhós de que todos hoje tanto gostam.

Agora passao este desafio a

Tite - http://taobomseravo.blogspot.com/
Teté - http://pequenoquiproquo.blogspot.com/
Beatriz - http://beatrizfrancisca.blogspot.com/
Quica - http://santitates.blogspot.com/
Canduxa - http://receitascanduxa.blogspot.com/

Continuação de bom divertimento.
Obrigada Teresa por este bicadinho
Licas

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

NOSSAS MEMÓRIAS DE NATAL



Respondendo ao desafio da Quica - PÓ DE ESTRELA - (http://santitates.blogspot.com/, vou deixar aqui a minha memória de Natal e com ela enviar o meu primeiro sorriso de criança, em Noite de Natal...



Era uma Noite de Natal fria e estrelada..
Num prédio arte nova, numa das antigas ruas do Porto, uma criança vivia cada minuto mágico, onde tudo e todos pareciam ter sido vestidos de luz e cor.
Era a azáfama costumada…
Um vaivém entre a cozinha e a sala.
Da mesa levantavam-se os pratos do bacalhau e as travessas com os pedaços que no dia seguinte se converteriam em farrapo velho.
Mas a mesa com a toalha de festa, parecia pedir para não ficar vazia e, como por encanto, de novo se encheu de rabanadas, aletria, sonhos, bolo rei e tantas outras iguarias das quais sobressaia o cheireinho a canela.

Mas a criança, saltava de um lado para o outro …
Não era bem disto que esperava.
Chegava-se junto dos Pais e perguntava:
- Ainda falta muito?
Ela esperava o Pai Natal velhinho que lhe iria provar se durante o ano se portou bem ou mal.
- Papá, eu portei-me bem, não portei?
- E a Mamã acha que sim?
- O Pai Natal tem força para trazer tudo, a todos os meninos?
- E eu vou vê-lo?
- Vá lá! Comam depressa que ele deve estar a chegar.

O Pai levantou-se, pegou na criança ao colo e abeirou-se da janela.
A rua estava deserta e silenciosa.
Nas outras casas luziam alguns pinheiros de Natal.
No céu escuro, aninhavam-se as estrelas, que pareciam brilhar mais do que nos outros dias.


- Vês aquela estrela ali? Perguntou o Pai
Sim, a menina via, não uma, mas muitas estrelinhas, que tremelicavam no céu.
- Qual Papá?
- Aquela ali maior e com mais luz.
Sim, a menina via aquela estrela e conseguiu no seu imaginário ampliá-la, para que lá coubesse o Pai Natal, as renas e os brinquedos, como o Pai lhe dizia.
Nunca mais despregou os olhitos daquela luz…
E quanta luz dela emanava!

Bastou porém um ruído no interior da casa…

De imediato deixou de ver a estrela maior e acreditou que afinal o Pai Natal tinha chegado e descido pela chaminé.
A criança correu tão excitada quanto incrédula.

Viu os presentes no chão

Com as lágrimas a correrem-lhe pela face, garantia ainda ter visto os pés do Pai Natal.

Ela não mentia!
Apenas acreditava no seu sonho.

Esta imagem perdurou no tempo…

Os anos passaram-se
Os cabelos embranqueceram
A vista cansada ainda reconhece a tal estrela grande e luminosa onde se escondia o velhinho das barbas e as renas envelhecidas, .mas a menina/mulher, agora só consegue fazê-lo através dos olhitos dos seus netos,
Para ela existem sim, talvez com mais brilho ainda, outras estrelas que todas as noites a iluminam e a quem dirige a última palavra do dia
Nessas estrelas moram aqueles que a amaram e que fizeram dos seus natais de criança, verdadeiras noites de magia.

Boa Noite Mãe!
Boa Noite Pai!
Este será sempre o nosso Natal.