quarta-feira, 23 de julho de 2008

HOMENAGEM AOS AVÓS - 26-O7-08

NO DIA EM QUE PERFAZEMOS 39 ANOS DE UM CASAMENTO FELIZ, 15 DIAS DEPOIS DO 1º ANIVERSÁRIO DE UM NETO E NA VÉSPERA DO 5º ANIVERSÁRIO DO OUTRO NETO - DATAS MEMORÁVEIS!




Seis e meia da manhã ...

Avó!
Já é dia... Levanta-te temos o jogo das almofadas.
Lembras-te?
Era o que jogávamos quando eu era mais pequenino.
E tu avô ...
Não vens?

Que risota ... Estou eu a ganhar ...
Já levaste com duas almofadas e eu só com uma.
O avô... Cuidado avô, devagarinho...
Eu ainda sou pequenino.

Pronto!
Podemos ir tomar o pequeno almoço?
Eu quero o leitinho com chocolate e as torradinhas dos meus avós . Pode ser?
Umh!!!! Que delícia!

Já acabei...
Avô - Dás licença?

E o seu beijo ternurento pousa nas nossas faces, leve e puro como a brisa da manhã

Agora vou lavar os meus dentinhos...

Oh AVÔ ... Podemos ir agora construir aquele papagaio de papel?
E o telefone de cordel?

Mas antes AVÓ, dá-me os restinhos de pão para eu deitar na varanda aos passarinhos.

Alhei-os ao cansaço, às dores nas costas, aos problemas da vida, os avós desdobram-se perante esta criança doce, repleta de dinamismo e imaginação

E que tal um banhito na piscina?
Está muito calor...
Eu vou à frente colocar as braçadeiras.

Calma!
Fiquem sossegados eu não saio da pedra longe da àgua até que cheguem à minha beira.

Um pouco de protector...
Sandálias tiradas.

Ah! É verdade AVÓ ... Não te esqueças do lanchinho.

E de tarefa em tarefa, de riso em riso, de história em história, das pinturas aos grafismos, das sestinhas, aos bonecos do canal panda, das regas, à apanha das ervinhas...
Dos porquês, às respostas sábias e compassadas
Da observação das estrelas, ao significado delas enquanto "casa" dos familiares que já partiram para Jesus

Até à oração:
"Anjo da Guarda
Minha companhia,
Guarda a Minha Alma
De Noite e de Dia"

Dita numa voz lenta e ensonada
Os três ... De mão dada
terminamos o dia
Como que a partilhar um segredo:

Amanhã, mesmo daqui por muitos anos
Será sempre o
DIA DOS AVÒS

domingo, 13 de julho de 2008

O VASO CHINÊS

No início desta nova semana vou deixar-vos o texto seguinte.
Deixo-o para todos aqueles que neste momento pensam em interromper uma gravidez com receio de que a criança seja diferente. Deixo-o a todos os Pais que têm um filho com alguns "defeitos".
Deixo-os para os que não gostam de si próprios porque não são perfeitos.
Dedico-o afinal a todos, porque todos saberemos dar-lhe um sentido,uma explicação e conforto.
Boa semana!




O VASO CHINÊS'

Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na
extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.

Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último chegava sempre
cheio de água ao fim da longa caminhada do rio até casa, enquanto o rachado
chegava meio vazio.

Durante muito tempo foi assim, com a senhora chegando a casa somente com um
vaso e meio de água.

Naturalmente, o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado
enquanto o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir
fazer só metade daquilo que deveria.

Depois de dois anos, reflectindo sobre a própria amarga derrota de ser
'rachado', o vaso falou com a senhora durante o caminho: 'Tenho vergonha de
mim mesmo, porque esta fenda que eu tenho faz-me perder metade da água
durante o caminho até a sua casa...'

A velhinha sorriu:

Reparaste que lindas flores há somente do teu lado do caminho? Eu sempre
soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da
estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto voltavamos, tu regáva-las.

Durante dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a
mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na
minha casa.

Cada um de nós tem o seu próprio defeito. Mas é o defeito que cada um de nós
tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante.

É preciso aceitar cada um pelo que é... E descobrir o que há de bom nele.'

Portanto, meu 'defeituoso' amigo/a, tem um bom dia e lembra-te de ir regando
as flores do teu lado do caminho... Agradeço-te por todas as flores que já
me deste a colher com isso!!
A MINHA ÚLTIMA CRIAÇÃO PARA A " CASA DOS AVÓS"





O GALINHO COLORIDO

quarta-feira, 9 de julho de 2008

PEGADAS NA AREIA

Verão ...Calor ... Praia ... Areia.
Esta sequência lembrou-me a mensagem que a seguir transcrevo.
Acho-a linda e com muito significado.
O que é mais interessante ainda é que pode ser lida por muitos, reflectida por alguns e muito poucos retirarão dela a mesma lição.

Ela acompanha-me sempre e nela procuro muitas vezes o ânimo e conforto que a vida exige e que às vezes as ciscunstâncias no-lo retiram.
Então parem um pouco ...

UMA NOITE EU TIVE UM SONHO

Sonhei que estava a andar na praia com o Senhor
e na minha frente, passavam cenas da minha vida.

Para cada cena que se passava, percebi que eram deixados
dois pares de pegadas na areia;
Um era meu e o outro do Senhor.

Quando a última cena da minha vida passou
diante de nós, olhei para trás, para as pegadas
na areia e notei que muitas vezes, no caminho da
minha vida havia apenas um par de pegadas na areia.

Notei também, que isso aconteceu nos momentos
mais difíceis e angustiantes da minha vida.

Isso entristeceu-me muito, e perguntei
então ao Senhor.
" Senhor, Tu disseste-me que, uma vez
que eu resolvi seguir-Te, Tu andarias sempre
comigo, durante a minha caminhada. Porém notei que
nos momentos mais difíceis da minha vida
havia apenas um par de pegadas na areia.
Não compreendo porque nas horas que mais
necessitava de Ti,Tu me deixastes."

O Senhor respondeu me:
"- Meu Irmão. Eu Amo-te e
jamais te deixaria nas horas de provação
e do teu sofrimento.
Quando vistes na areia, apenas um par
de pegadas, foi exactamente aí que EU,
Te carreguei nos braços...

Nunca desanimem e partilhem conosco.
Beijinhos
Licas

quinta-feira, 3 de julho de 2008

MADDIE - UMA LÁGRIMA !


MADDIE!

Nome tão pequenino e tão badalado.
Que destino tão injusto para uma criança com um rosto lindo e puro.

Tanto se falou...
Tanto se explicou...
Se conjecturou ...
Se sacrificou ...
Se acusou ...
Se inventou ...
Se absolveu
e sobretudo ...
Tanto se ganhou!

Que falsidade!
Que monstruosidade!

O quê?

O QUÊ?

Ainda questionam?
Acham pouco terem sido cortadas as asas a uma menina que ainda mal tinha aprendido a voar?

Quem fez isso?
Porque o fez?
O que vai acontecer agora?

NADA!... NADA, MESMO NADA!

Alguém, num qualquer canto do mundo, escondido ou não atrás de uma máscara, sarcásticamente se ri de todo este circo patrocinado pelo nome e estatuto social de dois desventurados "senhores doutores".

Desventurados porquê??

Por terem ficado sem a filha?
Por terem amealhado e gasto tanto dinheiro?
Por terem "incomodado" com a sua desventura, as altas esfera políticas e religiosas?
Por deixarem recair culpas e pensamentos infundados sobre gente possivelmente inocente?
Por potenciarem o desemprego de todos os que na época trabalhavam no aldeamento da Praia da Luz?~
Por fazerem de idiotas,todos os que choraram e sentiram a sua dor?

Não sei!
Não consigo responder com rigor, honestidade e sentido cristão a estas perguntas.
Apenas uma certeza tenho.

Esses senhores, são realmente desventurados porque vão carregar para sempre o peso da sua incúria, desleixo, egoísmo, falta de capacidade para serem efectivamente pais.

Não me venham com desculpas esfarrapadas.

"Até trouxémos os meninos connosco para férias" ....Dizem eles.
Para quê?
Para os entregarem ao cuidado de terceiros?
Para os deixarem sózinhos com suas insónias, os seus terrores nocturnos, as suas indosposições e medos?
Estes senhores sabiam, ou deviam saber como pais e como médicos que isto é uma realidade.

Enquanto bebiam e se divertiam pensaram alguma vez nas lágrimas vertidas pelas crianças, sobre aquelas almofadas imaculadas pelas quais pagaram uma fortuna, por um curto período de férias?

Mas... pelo contrário, souberam apelar ao mimo, à atenção, ao carinho, à oração, quando sentiram que o destino lhes pregou uma partida.

Desventurados pais!

O caso vai ser encerrado! Não há culpados.

NÃO HÁ CULPADOS?

Pelo amor de Deus!

Só o homicídio, a ocultação de cadáver, a prova provada de uma morte visível, pode culpar alguém?

A justiça dos homens, mais uma vez falhou!

Mas, muitos de nós portugueses, continuamos a mostrar a nossa indignação pelo desaparecimento da pequenina, que um dia nos deixou um nó na garganta.
Só por ela e para ela verteremos a última e sentida lágrima.


Comovidamente Licas