domingo, 3 de outubro de 2010

SEM QUALQUER COMENTÁRIO ...



‘José Régio e o seu burro’ – por Hermínio Felizardo

Soneto quase inédito

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.


JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969.

1 comentário:

Anjo Negro disse...

Olá minha queria licas...
espero que esteja tudo bem contigo.

Estou no último ano de universidade =) a ver se conseguimos aguentar.

bjs

p.s- espero noticias tuas