sexta-feira, 14 de maio de 2010

PALAVRAS ÀS VEZES PARA QUÊ?



Terminou na minha bela e acolhedora Cidade do Porto, esta Semana históricA da visita de Sua Santidade Bento XVI.
Foram momentos impressionantes de fé, de partilha, de reflexão e de crítica construtiva.
Adorei ver como em todo o lado todos, velhos e novos, diferentes condições sociais, se congregaram ,em torno de um Homem, que trouxe a humildade no reconhecimento dos erros da sua igreja e a lucidez ao apontar os caminhos possíveis e necessários para que vivámos um novo mundo.
Obrigada Santo Padre!
Obrigada a todos que tornaram possível esta caminhada de quatro dias, assente no respeito e no dever.

Foi tudo perfeito!

Tudo, tudo não ... Apesar de reconhecer e aplaudir o trabalho de todos os jornalistas e comentedores televisivos, tenho que concordar com as palavras de Eduardo Cintra Torres, expressas no Público de hoje

No sentido de uma crítica construtiva, vou transcrevê-las para que possam também aqui servir de reflexão e no futuro de uma correcção.
Disse ele:

E não se podem calar?

O que é o silêncio? É o contrário da televisão.
Pode o momento ser o mais profundo da eucaristia, com uma multidão vivendo no local intensa e interiormente, e mesmo assim jornalistas e comentadores falam.
Pode um coro cantar no Centro Cultural de Belém peças sacras durante uns míseros quatro minutos e mesmo assim os comentadores e jornalistas falam.
Pode a Fátima do regime pedir ao espectador, perante o "delírio" dos fiéis em Fátima, que "oiça o som"da multidão, mas ela própria fala sem deixar ouvir.
Mesmo os comentadores padres não se calam, como o experiente
António Rego (TVI).Será por trabalhar há tantos anos em TV que o padre Rego também já não consegue calar-se durante as cerimónias, quando o Papa, cem mil fiéis e a liturgia convidam ao silêncio? Cúmulo: em Fátima,com o Papa e milhares de pessoas
rezando silenciosamente na igreja,o padre comentador da RTP interrompeu o silêncio
da oração para dizer que aquele era um "momento de silêncio muito importante"! E não se calou durante todo o silêncio."


As palavras a mais cansam e fazem-nos distanciar do essencial.

Bem isso sim, portou-se o povo Portuense. Disseram-lhes que não se manifestassem durante a Eucaristia e não mostrassem estandartes.
E Sim! As vozes calaram-se e os estandartes reapareceram apenas no fim.

Parabéns a todos!

9 comentários:

Teresa Hoffbauer disse...

Fiquei muito comovida ao ver a fotografia da "nossa" avenida dos Aliados com 10 mil pessoas, apesar da chuva, como ouvi dizer.
Sabes, Licas, eu aceito todas as críticas, o que não aceito são insultos, e houve demasiados na blogosfera. E repito, que é uma falta de civismo o que se escreveu sobre o Papa.
Penso, quando tudo acalmar, escrever sobre o Bento XVI, que foi aclamado em Portugal, mas também muito insultado pelos portugueses na blogosfera.

Há um selinho e um desafio no "ematejoca azul". Aceita pelo menos o selinho que é novo.
Recebi também o Prémio Dardos pela quinta vez, por isso não o passei a ninguém.
Bjs

Maria de Fátima disse...

Já há algum tempo que passo pelo seu blog. Há coisas que gosto muito, outras que gosto menos e outras que não gosto mesmo nada... Esta do Papa é demais... Não sabia que a "lei da carneirada" imperava no Porto e que se estendia até aos rituais da Igreja. Quando falar de Fátima tenha mais respeito quer pelos fiéis ali presentes, quer pela análise efectuada pelo sr padre. Afinal se não houvesse o fenómeno de Fátima o Papa certamente também não ía ao Porto...(à capital da bimbolândia, como prova o seu ábusivo comentário), ficaria certamente apenas por Lisboa... Estamos num País livre e só faltava os comentadores não poderem comentar o que estavam a ver (apesar de ser uma fase de silêncio). Porque não desligou a TV ou tirou o som??? É muito feio que rezem por um lado e que critiquem por outro. Eu chamaria critica de verdadeira "rata de sacristia".

Licas disse...

Eu peço desculpa mas não entendi o seu comentário.
Eu julgo não ter desrespeitado em nada o que se passou em Fátima ao transcrever (sim porque foi uma transcrição) o que alguém escreveu sobre os comentadores.
Eu sou CATÓLICA, APOSTÓLICA, ROMANA. Vivo e sinto a minha religião e todas as suas manifestações com muita alegria, muito fervor e respeito. Agora ... Não sou "doente" de modo a ter que ver tudo com olhos e ouvidos cor de rosa. Exactamente porque estava a viver o momento com muita fé e interesse, me incomodou a palavra constante dos jornalistas.
Contudo nada mais posso dizer-lhe. Numa atitude cristã peço desculpa se o meu comentário a incomodou e feriu o seu ideal católico.
Licas
Gostava só de conhecer o seu blog para poder responder-lhe directamente

Licas disse...

D. Teresa

Esqueci-me de dizer que fiquei muito triste que uma Senhora, tão Bem, da nossa capital (presumo), não consiga efectuar um comentário (que aceito e respeito) sem insultar as pessoas.
O Porto de "Bimbos" não tem nada e eu de "Rata de Sacristia" ...nada tenho. Por favor habitue-se a respeitar os outros e a dar a cara (nome do blog) quando aparecer. Assim sim, levá-la-ei a sério.

Licas disse...

O comentário anterior não era para a Teresa mas para a D. Fátima

Fátima André disse...

Oh minha querida Licas,
devo dizer-lhe que a mensagem supra não é minha. Não me identifico nada, e acho abominável que as pessoas utilizem a blogosfera para se insultarem sob a capa do anonimato.
Gostei muito do post, não comentei porque tenho andado muito atarefada com mil e uma actividades com o aproximar do final do ano lectivo.
Beijinhos :)

Fátima André disse...

Bento XVI qualifica viagem a Portugal como «tocante e rica de muitos dons espirituais»
Papa recordou «acolhimento caloroso e espontâneo» proporcionado pela «inesquecível viagem» a Portugal

Ler a notícia integrar aqui:

http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=79730

Maria de Fátima disse...

Lamento mas mantenho os comentários que elaborei conscientemente face às graves críticas/censura que fez no decorrer de determinados procedimentos/situações que decorreram (erradamente para si)na visita do Santo Papa. Para censura já temos que baste no nosso País... Por último, não sou ..."uma Senhora, tão Bem,...", mas sou uma Senhora de BEM que nasceu muito perto de Fátima e que vivo em Lisboa. Curiosamente adoro a sua cidade excepto a "Bimbolândia" a que estão habituados. Que Deus lhe perdoe.

Licas disse...

e a si também D. Fátima