quinta-feira, 5 de junho de 2008

10 DE JUNHO


DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS NO MUNDO

As origens do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades remotam ao ínicio do século XX (1924). O Dia de Camões começou a ser festejado a nível nacional com o Estado Novo (um regime instituído em Portugal por António de Oliveira Salazar, em 1933).

Segundo Conceição Meireles (investigadora especialista em História Contemporânea de Portugal), Luís Vaz de Camões (Data de nascimento: provavelmente entre 1517 e 1524 — Data de falecimento: 10 de Junho de 1580) é frequentemente considerado como o maior poeta de língua portuguesa e dos maiores da Humanidade. O seu génio é comparável ao de Virgílio, Dante, Cervantes ou Shakespeare. Das suas obras, a epopéia Os Lusíadas é a mais significativa.

Até ao 25 de Abril de 1974, o 10 de Junho era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça. Oliveira Salazar, na inauguração do Estádio Nacional em 1944, tinha denominado também o dia 10 de Junho como o Dia da Raça em memória das vítimas da guerra colonial. A partir de 1963, o feriado do 10 de Junho assumiu-se como uma homenagem às Forças Armadas e numa exaltação da guerra e do poder colonial. A segunda republica não se revê neste feriado, pelo que, em 1977, o Governo Democrático Português decretou que o “Dia 10 de Junho”, devia ser uma trindade.
“Dia de Portugal”, “Dia de Camões” e “Dia das Comunidades Portuguesas Espalhadas pelo Mundo”.

Os emigrantes aceitam de bom grado o Dia de Camões como “Dia do Emigrante Português”, pois O POETA também foi emigrante durante dezassete anos.

Termino com a letra do CANTO I da epopeia "Os Lusíadas", obra mais significativa de Luis Vaz de Camões, que de há muitos anos a esta parte é cantada em todas as actuações do Orfeão Universitário do Porto e da Associação dos Antigos Orfeonistas da Universidade do Porto, com a desiganção : "A PROPOSIÇÃO DOS LUSÍADAS"


CANTO I

As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Com esta letra, evoco e venero este Grande Poeta Português e ainda o Orfeão Universitário do Porto e a Associação dos Antigos Orfeonistas da Universidade do Porto, que há muito, muitos anos, faz dela a sua eterna canção.

Aonde quer que seja cantada, desde que pelo OUP, ou pela AAOUP, vão ao palco fazer parte do coro, todos os antigos Orfeonistas da Universidade do Porto, presentes na sala ou no recinto em causa, quer pertençam ou não à Associação.

Bem-Haja Luis de Camões!

O Meu respeito a todos os EMIGRANTES espalhados pelo mundo!

Um grande aplauso ao OUP e à AAOUP.





Uma Homenagem da Licas

1 comentário:

Anónimo disse...

Estou ouvindo aqui no brasil um Album chamado
Em Cantos
Artista: Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra
Gravadora: Alpha Music
Ano de produção: 2000

Como a lingua brasileira atualmente é diferente do portugues, fui pesquisar as letras de todas as músicas do Album e não encontrava a letra do Canto I, o qual ADORO. Achei esse site e deixo os parabéns emocionados, porque desde quando era mocinha, tenho para mim um apreço muito grande por esse Canto I de nosso amado Camões.

Parabéns e obrigada
Ps: Achei esse Album no site da Rádio Uol