terça-feira, 19 de outubro de 2010

DÁ.ME O NOME QUE SEMPRE ME DESTE


ALGUÉM QUE AGORA PARTIU ESTÁ A FALAR CONTIGO
Escuta-A

A Morte não é nada

Apenas passei ao outro Mundo

Eu sou Eu … Tu és tu

O que fomos um para o outro ainda o somos

Dá-me o nome que sempre me deste

Fala-me como sempre me falaste

Não mudes o tom da tua voz, a um triste ou solene tom

Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos-

Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo Que o meu nome se pronuncie em casa como sempre se pronunciou...Sem ênfase, sem rosto de sombra

A vida continua a significar o que sempre significou

O cordão da união não se quebrou

Estarei eu fora dos teus pensamentos, apenas porque estou fora da tua vista?

Não estou longe. Sómente estou do outro lado do caminho

Redescobrirás o meu coração e nele a ternura mais pura.

Seca as tuas lágrimas

E SE ME AMAS …

NÃO CHORES MAIS!
( Autor que desconheço )


VAMOS CONTINUAR A CHAMAR POR TI, ISABELITA - ARTISTA MALDITO e prometemos não chorar.

Um forte abraço

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sábado, 16 de outubro de 2010

FICAREMOS COM A TUA COR

DEUS QUIZ QUE O SEU REINO TIVESSE A PARTIR DE HOJE UM JARDIM COLORIDO PELAS MÃOS DA NOSSA QUERIDA ISABELINHA.

Também um dia eu tive essa alegria!
Foi na Páscoa de 2009, que encontrei este OVO da sua autoria, que tão carinhosamente guardei.




Tive o privilégio de a conhecer pessoalmente e sinto amargura por não tê-la acompanhado mais nesta fase dura da sua vida.
Porque o fiz?
A razão tem razões que a razão desconhece. Perante este estádio da vida deixa de ter importância e apenas resta a saudade e a esperança da compreensão.
Esteve sempre no meu pensamento e nas minhas caladas conversas e hoje curvo-me perante a sua memória e a grandeza da sua alma.

Que Deus te acompanhe Isabelinha.
Nós ficaremos, cada um à sua maneira com o teu sorriso e o teu olhar.

Licas

quinta-feira, 7 de outubro de 2010



Há alturas em que precisamos esquecer tudo o que os adultos teimam em gritar pelo mundo e ficar atentos à sabedoria e bondade das crianças.
Porque achei deliciosas estas histórias partilho-as convosco para vos fazer sorrir.

1 - Um menino de 4 anos tinha um vizinho idoso cuja esposa havia falecido recentemente.
Ao vê-lo chorar, o menino foi para o quintal dele e sentou-se simplesmente no seu colo.
Quando a mãe lhe perguntou o que tinha dito ao velhinho, ele respondeu:
- Nada. Só o ajudei a chorar.
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2 - Os alunos da professora do primeiro ano Debbie Moon estavam a examinar uma foto de família.
Uma das crianças da foto tinha os cabelos de cor bem diferente dos outros. Alguém sugeriu que essa criança tivesse sido adotada.
Logo uma menina disse:
- Sei tudo sobre adopção, porque eu fui adoptada.
Logo outro aluno lhe perguntou:
- O que significa "ser adoptado"?
- Significa - disse a menina - que tu cresceste no coração da tua mãe, e não na barriga!
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3 - Sempre que estou decepcionado com meu lugar na vida, eu paro e penso no pequeno Jamie Scott.
Jamie queria muito ter um papel na peça da escola. A mãe disse que tinha procurado preparar o seu coração, pois ela temia que ele não fosse escolhido.
No dia em que os papéis foram distribuídos, eu fui com ela buscá-lo à escola. Jamie correu para a mãe, com os olhos brilhantes de orgulho e emoção:
- Adivinha, mãe!
E disse aquelas palavras que continuariam a ser uma lição para mim:
- Eu fui escolhido para bater palmas e espalhar a alegria!--------------------------------------------------------
4 - Conta uma testemunha ocular de Nova York:
Num frio dia de Dezembro, alguns anos atrás, um rapazinho de cerca de 10 anos, descalço, estava em pé em frente a uma loja de sapatos, olhando a montra e tremendo de frio.
Uma senhora aproximou-se do rapaz e disse:
- Você está com pensamento tão profundo, a olhar essa montra!
- Eu estava pedindo a Deus para me dar um par de sapatos - respondeu o garoto...
A senhora tomou-o pela mão, entrou na loja e pediu ao empregado para dar meia duzia de pares de meias ao menino. Ela também perguntou se poderia conseguir-lhe uma bacia com água e uma toalha. O empregado atendeu-a rapidamente e ela levou o menino para a parte detrás da loja e, ajoelhando-se lavou os seus pés pequenos e secou-os com a toalha.
Nesse meio tempo, o empregado havia trazido as meias. Ela calçou-as nos pés do garoto e também comprou-lhe um par de sapatos.
Depois entregou-lhe os outros pares de meias e carinhosamente disse-lhe:
- Estás mais confortável agora.
Como ela se virou para ir embora, o menino segurou-lhe na mão, olhou o seu rosto com lágrimas nos olhos e perguntou:
- Você é a mulher de Deus?

domingo, 3 de outubro de 2010

SEM QUALQUER COMENTÁRIO ...



‘José Régio e o seu burro’ – por Hermínio Felizardo

Soneto quase inédito

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.


JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969.